Segundo Zaotian Wan, Vice Presidente da COFCO Corporation da China, é assim: 食品安全.
Brincadeiras à parte, segundo o palestrante, a COFCO – Corporação Nacional de Cereais, Óleos e Produtos Alimentares da China, fundada em 1952, é a maior empresa de processamento e de comercialização de alimentos daquele país, e é uma das maiores empresas estatais chinesas.
Zaotian falou sobre a Segurança de Alimentos Mundial: o exemplo chinês, explicando que a China ainda tem muito a desenvolver na área de segurança de alimentos. Ele relatou que, em 2010, houve 173 casos de “intoxicação” alimentar registrados na China, envolvendo o número de 6.272 pessoas e 146 mortes. Curiosamente, o palestrante citou os respectivos números registrados nos Estados Unidos: 1,28 milhões e 3.000. Pensei ter entendido errado, mas nos slides cedidos pelo palestrante, traduzidos para o inglês, realmente aparecem os números dos Estados Unidos entre parênteses. Fiquei me perguntando se esta seria alguma técnica governamental para minimizar o fato, admitido por ele mesmo, de que a segurança de alimentos lá ainda é incipiente. É claro que a captação ou a informação, ou ambos parecem ainda não ser de “alta precisão”.
Wan explicou que o cenário das indústrias de alimentos na China é constituído por pequenas empresas, de baixo grau de automatização, dispersas em várias regiões, o que dificulta o controle. Exemplificou: para processamento de trigo, somente 1% das empresas têm capacidade de processamento acima de 1.000 toneladas por dia, enquanto nos Estados Unidos esta porcentagem é de 50%. Acrescentou que a China é menos harmonizada que em países desenvolvidos, sendo o sistema de padrões legislativos incompleto, com a adoção de padrões internacionais abaixo de 50%, com inconformidades e sobreposição dos padrões. Há falta de análise de risco e de investigação de novos poluentes, falta de cadeia de frio suficiente, falta de integridade das empresas e há alta deterioração do meio ambiente.
Wan revelou que, nos últimos anos, a maioria dos incidentes de alimentos foi causada pela contaminação intencional, o que leva o desafio para a área de Food Defense.
A segurança de alimentos está intimamente ligada com o negócio internacional da economia global, e os consumidores chineses têm se preocupado com a intensiva exposição na mídia de casos envolvendo segurança de alimentos, como foi o caso da melamina no leite. “A entrada do governo tomando a segurança de alimentos como parte dos sistemas de engenharia social e de meios de subsistência está levando o sistema de vigilância sanitária e a cultura de alimentos a se formarem gradualmente: até o final de 2010, mais de 6.300 instituições nacionais de alimentos para análises de segurança de alimentos foram estabelecidas, a supervisão da segurança de alimentos foi reforçada e foi criado um mecanismo de resposta a emergências de segurança de alimentos. Os controles têm aumentado constantemente, citando que 27.369 empresas produtoras de alimentos foram inspecionadas de 2006 a 2010”. Mais uma vez achei que poderia ter entendido mal, seria 2010 mesmo? Mas confirmei no slides cedidos, que não contemplam dados mais recentes.
Wan concluiu que, para fazer frente com este cenário, a COFCO publicou em 2009 os “Dez Princípios de Gestão da Segurança de Alimentos” estando, a empresa, disposta a trabalhar com as associações, a academia, a mídia e os consumidores, para melhorar a situação de segurança de alimentos. Wan observou que a empresa estatal não opera todos os elos da cadeia de abastecimento de alimentos, mas tem o objetivo de influenciá-los. E acrescentou “o GFSI é necessário para construir uma plataforma de comunicação para fabricantes de alimentos e varejistas, compartilhando, juntos, a experiência para melhorar o nível da segurança de alimentos”.
Zaotian Wan, da COFCO, China.Autor da foto: Cong Xue, constante no site da Conferência.
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