A importância da Meliponicultura para a sustentabilidade
O que é a Meliponicultura?
A Meliponicultura é definida como a criação das popularmente conhecidas “abelhas-sem-ferrão” (ASF), na verdade todas as abelhas possuem ferrão, mas as abelhas da tribo Meliponina possuem o ferrão atrofiado e dessa forma não conseguem usá-lo como forma de defesa. Atualmente o Brasil possui aproximadamente 300 espécies catalogadas de abelhas-sem-ferrão e estas desempenham um trabalho muito importante na polinização de plantas nos diversos biomas brasileiros, ajudando na preservação do meio ambiente.
Por que é importante preservar abelhas-sem-ferrão?
Segundo a EMBRAPA essas abelhas são responsáveis pela polinização de 30% das espécies da Caatinga, Pantanal e até 90% das espécies da Mata Atlântica. O Número e indivíduos que habitam uma colônia varia de espécies para espécie, algumas ficam entre 2.000 e 5.500, outras entre 10.000 e 100.000. As abelhas operárias vivem em média 50 a 60 dias, a rainha de 2 a 5 anos, e os machos de 10 a 15 dias.
No Brasil, os Meliponineos produzem entre 1 e 10 kg de mel ao ano, dependendo da espécie e da região. Atualmente 6 gêneros de abelhas-sem-ferrão já se encontram extintos e conforme o Livro Vermelho de Fauna Ameaçada de Extinção da ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, três espécies brasileiras se encontram ameaçadas de extinção, por consequência do desmatamento e degradação de áreas para a agricultura e pecuária.
Como a Meliponicultura ajudaria na sustentabilidade?
Através da Meliponicultura é possível que a comunidade dessas abelhas em decadência possa se reerguer. Além disso boa parte da flora de todos os biomas brasileiros depende das abelhas para existir, visto que elas garantem a propagação de diversos tipos de vegetação através da polinização. O meliponicultor, que é o criador dessas abelhas, também passa a se preocupar mais com o meio ambiente, pois precisa de uma flora estável para que suas abelhas se alimentem e possam produzir o mel.
Para criar abelhas-sem-ferrão é preciso escolher espécies que se alimentem das plantas da região, e garantir a existência dessas plantas no ambiente florestal próximo a colmeia. Dessa forma, não é eficaz ter as abelhas da região mas as plantas das quais elas precisam estarem em falta na área ou em pouca quantidade.
Autor: Beatriz Rudink de Campos, Téc. em Adm. e estudante de Biologia.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/166288/1/CriacaoAbelhaSemFerrao.pdf – Acesso em 13 de março
SÉRIE MELIPONICULTURA – N 08 Meliponicultura: perguntas mais frequentes sobre as abelhas sem ferrão – I. CARVALHO, G.A; SILVA, C.G.N; ALVES, R.M.O; SOUZA, B.A; WALDSCHMIDT, A.M; SODRÉ, G.S; CARVALHO, C.A.L.
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1106447/1/2018FD02.pdf – Acesso em 13 de março
Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção volume vii – invertebrados 2018 – ICMbio. Disponivel em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol7.pdf
Artigo – MELIPONICULTURA: UMA ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE – BELO, R.C; SANTOS, P.I.M.
0 Comentários