Alergênicos – Parte 3: Allergen Collaboration & Allergen Portal

Paralelamente ao trabalho do Allergen Bureau mencionado em post anterior, o FSANZ – Food Standards Australia New Zealand,  criou em 2011 o grupo Allergen Collaboration para fortalecer o engajamento e colaboração entre os atores envolvidos na gestão de alérgenos alimentares. Seus membros incluem representantes de fabricantes de alimentos, consumidores e governo, e se reúnem periodicamente para explorar medidas não regulamentares que podem melhorar a gestão de alérgenos alimentares.
Resultados até o momento: auditoria material de comunicação relacionado a alergênicos, desenvolvimento de uma série de mensagens-chave sobre a gestão de alérgenos alimentares para diversos setores da cadeia de alimentos e a criação do Allergen Portal,  alojado no site do FSANZ.


O Allergen Portal fornece acesso a informações sobre gestão de alergênicos para auxiliar as partes interessadas:
– indústria de alimentos (fabricantes, varejistas, serviços de alimentação e importadores)
– consumidores
– para creches e escolas
– para profissionais de saúde
– para organizações governamentais


Comentário meu: e no Brasil, temos algo semelhante?
Mesmo que tenha demorado algum tempo, a ANVISA agora está fazendo esforços para regulamentar a questão dos alergênicos no Brasil, tendo lançado em 2 de abril de 2014 a Consulta Pública nº 29/2014 para rotulagem de fontes de alergias ou de intolerâncias alimentares, obtendo recordes de respostas. Esta Consulta Pública prevê regras para as oito principais categorias de alimentos alergênicos: leite, ovos, amendoim, nozes, trigo (incluídos o centeio, aveia e cevada), crustáceos, peixes, soja. A proposta também prevê que os rótulos indiquem sua presença do alimento, no caso de ingrediente ser derivado destes alimentos alergênicos.
Em 6 de maio a ANVISA realizou a primeira uma audiência pública sobre rotulagem de alergênicos, com vários stakeholders presentes. Como a novidade surgiu a inclusão do látex e de coco (Cocos nucifera),  o que tem gerado controvérsias, já que estes alergênicos não fazem parte dos “big eight″ definidos pelo Codex Alimentarius. Mas vale lembrar que o látex pode fazer parte de gomas de mascar, de adesivos de embalagens para alimentos e há relatos de alergia ao coco.

Parece que estamos caminhando, certo?
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