Atenção: malfeitores assistem cursos antifraude!

Depois de um almoço patrocinado pela The Coca Cola Company, os participantes da Conferência tinham que se desdobrar em seis, caso quisessem assistir os seis diferentes painéis da tarde do segundo dia da Conferência. Eu bem que tentei, mas consegui me “desdobrar” somente em duas: assisti parte do painel sobre Fraude e parte do painel sobre Qualificação para Mercado Global.


Neste post de hoje vou abordar a primeira parte do que consegui captar no painel sobre Fraude, ficando a segunda parte para o próximo post.

John Spink, Professor e Diretor do Programa de Proteção de Produtos e Ações Antifraude da Escola Criminal de Justiça da Universidade de Michigan, Estados Unidos, iniciou sua palestra alertando que malfeitores assistem cursos antifraude.

John definiu: “a fraude de alimentos é uma ação de adulteração intencional, motivada pela busca de ganho econômico, podendo causar ameaças a saúde do consumidor de maior ou menor grau”. Exemplos: o caso recente da carne de cavalo, PCA vendendo produto sabidamente contaminado, melamina em pet food e em fórmula infantil, ocorrido na China, uso de gelo para pescado feito com água contaminada, dentre outros…

A fraude pode ser caracterizada por: diluição, contaminação, substituição, uso de ingredientes ou aditivos não aprovados, rotulagem falseando algum aspecto (data de validade, origem, etc).

Importante alerta dado pelo professor foi que assim como segurança de alimentos, tanto risco de Food Defense como risco de fraude são responsabilidades da gestão da empresa produtora de alimentos. E o pior é “que estes riscos são provavelmente mais graves que os tradicionais riscos de segurança de alimentos, porque em geral não se está atento para eles”.

John Spink, Universidade de Michigan, Estados Unidos

Foto cedida por Edgard Nemorin, Coordenador de Marketing e Comunicação do GFSI

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2 Comentários

  1. Ellen, Eu como funcionário do MAPA fico preocupado com os acontecimentos ocorridos e mostrados no evento. A nossa pretensão sempre foi estabelecer no Brasil uma Política de Alimentos Seguros para minizar problemas no consumo interno, bem como, alimentos importados e exportados. Para se alcançar uma homogeneização de procedimentos é preciso o envolvimento de todas as instituições públicas e privadas. Porém, muitas das vezes as legislações estão ai sendo cumpridas. Creio que um ponto importante nessa guerra pela saúde, bem-estar e o direito de se alimentar de alimentos seguros com qualidade está na reeducação do consumidor. Falo também na concientização do consumidor de mudar seus hábitos alimentares e fiscalizar as impropriedades e inadequação que vemos todos os dias nos pontos de venda, sejam eles que tamanho forem.Já tivemos vários exemplos de fraudes em nosso país, inclusive afetando crianças, no caso do leite. Um grande abraço com a sugestão de que precisamos, agora como consumidor, trazer à tona problemas relacionados a este assunto.

  2. boa tarde!
    Sou especialista na area de alimentos e tambem ja constatei varios problemas na produção de alimentos, e ou aditivos não autorizados a certos produtos. cade a controle dos alimentos?

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