O sistema de gestão de segurança todo deve ser desafiado
No momento estou fazendo meu terceiro turno em Três Corações , Minas Gerais, e para aguentar o sono, estou bebendo um delicioso Capuccino Diet Três Corações, que descobri que não é feito em Três Corações , e sim em Santa Luzia , Minas Gerais.
Deixando de lado os corações, vamos continuar hoje com a ajuda da amiga Ana Cláudia Peluso, da Novozymes do Brasil, a quem agradeço pela colaboração. Para você que está acompanhando o blog, já deu para perceber que é tanta coisa que acontece por lá, tantos eventos paralelos, que a gente não consegue ir a todos. E foi isso que ocorreu em um café da manhã patrocinado pela LRQA – Lloyd’s Register Quality Assurance, do qual ela participou e eu não, mas sobre o qual ela gentilmente escreveu para o Direto do GFSI.
Deixando de lado os corações, vamos continuar hoje com a ajuda da amiga Ana Cláudia Peluso, da Novozymes do Brasil, a quem agradeço pela colaboração. Para você que está acompanhando o blog, já deu para perceber que é tanta coisa que acontece por lá, tantos eventos paralelos, que a gente não consegue ir a todos. E foi isso que ocorreu em um café da manhã patrocinado pela LRQA – Lloyd’s Register Quality Assurance, do qual ela participou e eu não, mas sobre o qual ela gentilmente escreveu para o Direto do GFSI.
Ana Cláudia Peluso e minha xará Ellen Watanabe indo para o evento.
Fonte: site da Conferência do GFSI
A palavra agora é da Ana:
A palestra do Cor Groenveld, Diretor Global de Serviços de Food Supply Chain, do LRQA, chamou a minha atenção basicamente pela mudança de metodologia que as auditorias em Food Safety devem trazer para as empresas. Temos de sair de modelos com foco em inspeções superficiais do sistema, para um modelo onde o sistema de gestão todo deve ser desafiado. Sim, posso dizer desafiado, pois a empresa deverá demonstrar a eficácia do seu sistema de gestão. Os pontos principais desta mudança devem ser: foco na segurança do consumidor, mais auditorias em fornecedores e uma profunda mudança cultural. TODOS devem falar a mesma língua. Começando da alta direção até a área de recursos humanos e financeiros. Isto tudo pressupõe ter mais auditorias internas, devendo haver muito investimento na formação de auditores internos para Food Safety.
Cor Groenveld, LRQA, Reino Unido
Fonte: site do LRQA
Na fase de implementação é fundamental trabalhar com consultores altamente capacitados para que o sistema seja de fato eficaz. A empresa deve ser capaz de evidenciar esta eficácia, tanto nas partes que o compõem, como no todo. Exemplificando: eficácia do sistema de limpeza, do detector de metais, dos PCCs ou ainda, se efetivamente foi feita uma análise de todos os riscos.
Retomando a palavra, agora num diálogo entre mim e a Ana:
Ellen para Ana: “Eu fiquei bastante entusiasmada com esta forma de pensar, pois é assim que nós da Food Design pensamos, ou seja, temos de desafiar o sistema. Tenho me especializado no desenvolvimento destes “challenges”, tanto para Food Safety como para Food Defense, tendo tido como escola o sistema GMA SAFE – Supplier Assessments for Food Excellence. (Mais uma sistema de certificação? Não! Apenas o melhor sistema de auditoria que conheço para uma avaliação realmente profunda, desafiadora e consistente do sistema de gestão da qualidade e da segurança de alimentos).”
Ana para Ellen: “A abordagem que vocês estão fazendo é a mais apropriada, é a que faz sentido não é!? Um sistema deve ser robusto por inteiro, com o envolvimento de todos. Se não, é só “para inglês ver”. Acho que isso é importante indicar.”
Aguarde o próximo post com a visão do Codex Alimentarius: Equivalência – pensando globalmente, mas agindo localmente
Seu comentário é bem vindo!
Para comentar, clique no título do post e desça até o final dele, onde será possível comentar na janela destinada a este fim.
A palavra agora é da Ana:
A palestra do Cor Groenveld, Diretor Global de Serviços de Food Supply Chain, do LRQA, chamou a minha atenção basicamente pela mudança de metodologia que as auditorias em Food Safety devem trazer para as empresas. Temos de sair de modelos com foco em inspeções superficiais do sistema, para um modelo onde o sistema de gestão todo deve ser desafiado. Sim, posso dizer desafiado, pois a empresa deverá demonstrar a eficácia do seu sistema de gestão. Os pontos principais desta mudança devem ser: foco na segurança do consumidor, mais auditorias em fornecedores e uma profunda mudança cultural. TODOS devem falar a mesma língua. Começando da alta direção até a área de recursos humanos e financeiros. Isto tudo pressupõe ter mais auditorias internas, devendo haver muito investimento na formação de auditores internos para Food Safety.
Cor Groenveld, LRQA, Reino Unido
Fonte: site do LRQA
Na fase de implementação é fundamental trabalhar com consultores altamente capacitados para que o sistema seja de fato eficaz. A empresa deve ser capaz de evidenciar esta eficácia, tanto nas partes que o compõem, como no todo. Exemplificando: eficácia do sistema de limpeza, do detector de metais, dos PCCs ou ainda, se efetivamente foi feita uma análise de todos os riscos.
Retomando a palavra, agora num diálogo entre mim e a Ana:
Ellen para Ana: “Eu fiquei bastante entusiasmada com esta forma de pensar, pois é assim que nós da Food Design pensamos, ou seja, temos de desafiar o sistema. Tenho me especializado no desenvolvimento destes “challenges”, tanto para Food Safety como para Food Defense, tendo tido como escola o sistema GMA SAFE – Supplier Assessments for Food Excellence. (Mais uma sistema de certificação? Não! Apenas o melhor sistema de auditoria que conheço para uma avaliação realmente profunda, desafiadora e consistente do sistema de gestão da qualidade e da segurança de alimentos).”
Ana para Ellen: “A abordagem que vocês estão fazendo é a mais apropriada, é a que faz sentido não é!? Um sistema deve ser robusto por inteiro, com o envolvimento de todos. Se não, é só “para inglês ver”. Acho que isso é importante indicar.”
Aguarde o próximo post com a visão do Codex Alimentarius: Equivalência – pensando globalmente, mas agindo localmente
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Olá Ellen,
Parabenizo por compartilhar as notícias com quem não pôde ir no evento, muito obrigada!
Sou auditora e consultora, e para mim, não é surpresa nenhuma essa abordagem. Em minha empresa, já é prática corrente desde a publicação da ISO 22000. Entretanto, é frustrante quando implementamos um sistema robusto e investimos tanta energia para transmitir ao cliente as vantagens de um sistema de gestão robusto e eficaz – não só para inglês ver – e os auditores externos decepcionam na hora da auditoria, pois atuam de modo superficial buscando pontualmente o atendimento a requisitos. O alto nível que se consegue com a implementação quase passa a ser percebido pelos Diretores de empresa como desnecessários e até mesmo exagerados. O GFSI tem mesmo razão em se preocupar com a qualificação dos auditores. Os profissionais de segurança de alimentos ficaram muito tempo sem entender o que significa um sistema de gestão de fato. Ainda bem que estão se dando por conta.