Vou dar hoje um overview sobre uma palestra sobre Transparência, que me chamou atenção num primeiro momento pelo inusitado do título. Essa palestra foi realizada durante o café da manhã e organizada pela TraceOne.
A sessão começou com John Keogh, Presidente da Shatalla Inc, do Vietnã. John tem um vasto currículo: é também membro da Comissão da União Europeia para Saúde e Segurança do Consumidor, é estrategista renomado e grande articulador, além de ter sido conselheiro do GS1. Ele faz intermediações com a indústria, governos e agências intergovernamentais, tratando da aplicação de normas e tecnologias para facilitar o comércio, melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento e melhorar a rastreabilidade e a transparência de dados. Ele atuou como elo de ligação formal para comitês de normas ISO para recall, sistemas de gestão de alimentos e grupo GS1 de rastreabilidade. Poderoso, hein?!
John Keogh – Shantalla Inc. Fonte: Flickr/ GFSI
John abordou o tema Transparência, e afirmou que “agregar transparência não é opção, e sim cada vez mais uma obrigação”, apontando as razões:
• O sistema regulatório de muitas importantes regiões ou países está estabelecendo novas regras e regulamentos, a exemplo do FSMA, e a UE 1169/2011, com foco que vai além da segurança de alimentos.
• A cadeia de alimentos é global, e incidentes de segurança de alimentos ao nível de ingredientes tem potencial de graves consequências e grande amplitude.
• Consumidores “high-tech”, ávidos por informações, provocam um descompasso entre as expectativas de consumo e capacidade de entregar.
• Abastecimento global é complexo e traz riscos, levando à necessidade de melhores práticas e alta capacitação das organizações e indivíduos envolvidos.
Fonte: slides GFSI
O número de consumidores esclarecidos que buscam mais e mais informações do que compram está em ascensão. Além das informações obrigatórias, é cada vez mais importante informar sobre a marca, o produto, rastreabilidade dentre outas demandas. A fonte de informação passou da embalagem para o 0800 e do 0800 para aplicativos que usam código de barras ou tipo QR. Através desses códigos, as informações do produto são disponibilizadas via web em smartfonese outras traquitanas eletrônicas. Na prática, John relata que ainda existem alguns gaps, apontados por pesquisas. Por exemplo: 91% dos leitores móveis de códigos de barras dão erro retornando com informações de outros produtos e 75% dos códigos escaneados não conseguem trazer as informações sobre o produto.
John concluiu afirmando que: “transparência é o caminho apontado pelo mercado, deixando de ser uma opção e passando sim, a ser uma necessidade, mas para isso, é preciso pensar além da segurança dos alimentos e valorizar a transparência, afinal a cadeia de abastecimento atualmente é global e a transparência inspira confiança, com benefícios imensos tanto para as empresas como para seus consumidores.
Fonte: slides GFSI
Michael Bromme, Vice-Presidente Executivo da TraceOne, empresa que opera mundialmente com plataformas colaborativas em nuvem para as indústrias produtoras de bens de consumo de marcas próprias, acelerando o “time-to-market”para os varejistas, fabricantes e empresas de serviços de alimentação.
Michael tem vasta experiência no varejo e em bens de consumo embalados, ampla experiência em rastreabilidade para marcas próprias e em alavancar a confiança do cliente, via otimização de preços, ajudando os produtores e varejistas a melhorar a rentabilidade. Ele usa sua experiência expandindo o desenvolvimento global de clientes da empresa, conduzindo iniciativas de vendas e de marketing de forma agressiva.
Michael Bromme – TraceOne. Fonte: Flickr/ GFSI
A TraceOne tem como compromisso facilitar os processos de colaboração entre varejistas e fabricantes, otimizando assim o lançamento e desenvolvimento de produtos de marca própria, controlando informações sobre o produto e fornecendo dados sobre o produto e segurança de alimentos. Isso maximiza a rentabilidade e competitividade ao longo do processo de gestão do Ciclo de Vida do produto.
A TraceOne apresentou como se pode simplificar a complexidade de dados de uma cadeia de fornecimento completa para cada produto: as conexões da cadeia de fornecimento são disponibilizadas para cada produto, com ferramentas que permitem mostrar o status de visibilidade de cada fornecedor em toda a cadeia do produto.
Apoio de redação: Pablo Laube
Apoio na publicação: Simone Souza
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